Ramayana é o épico que registra a vida e atos do primeiro grande mestre espiritual, Sri Ramachandra.
O livro foi escrito por um ladrão e assassino, antes chamado Ratnakar. Diante da impermanência das coisas mundanas e seu desgosto com a vida de família, Ratnakar expiou seus pecados e teve um renascimento espiritual. A partir de então, ele passou a se chamar o sábio Valmiki. Valmiki escreveu o Ramayana antes mesmo dele acontecer, simplesmente através de seu poder de visão.
Ramachandra (ou Rama) era um príncipe virtuoso e amado, mas sua madrasta Kaikeyi descobriu uma forma de fazer o rei Dasharatha enviar Rama para a floresta e coroar seu próprio filho, Bharat.
Rama viveu anos na floresta, até que sua consorte divina, Sita, foi raptada pelo demônio Ravana. Ravana representa a vida de desejos, a vida que limita, amarra e causa sofrimento.
Por fim, para recuperar Sita, o destino trouxe Hanuman, um guerreiro e ministro dos Vanaras, em contato com Rama. Hanuman, com sua devoção inigualável, descobre a verdadeira natureza de Rama, o Senhor do Universo. Através da sua devoção, Hanuman pode realizar o que é humanamente impossível – ele passa a ser o maior guerreiro, transporta montanhas, salta por cima de oceanos e derrota inúmeros demônios invencíveis. A devoção de Hanuman transforma sua vida terra-limitada em uma vida céu-liberta.
Diante da iminência da destruição do reino de Ravana por Rama, Hanuman e seus aliados, Rama envia Angad, príncipe dos Vanaras, para dar um ultimato a Ravana: ele libertaria Sita e outros cativos e, em troca, Rama pouparia sua vida e reino.
É claro que já sabemos como a história continua. A ignorância não desiste sem uma brava luta. O resultado é que Rama e Hanuman, com seu exército Vanara, acabam com Ravana e o reino de Lanka. A única exceção é Vibhishana, irmão mais novo de Ravana, que sempre o aconselhou a fazer o que era correto e devolver Sita. Vibhishana foi expulso por Ravana e tomou abrigo com Rama, a Luz, e passou a servir a Verdade.
Perguntado, Hanuman explicou que ele poderia vencer os exércitos de Rama sozinho, mas que ele não o fez para que a glória de Rama fosse amplificada. Hanuman não tinha interesse em se provar ao mundo. O objetivo dele era apenas servir a Vontade de Deus, que era revelar a Sua Luz, em e através da encarnação que era Sri Ramachandra.
Há muitos desenhos animados, filmes, livros e resumos do épico.
Assim como o Mahabharata, vale a pena conhecer.